Saiba mais sobre o que é a Espondilite Anquilosante
É necessário esclarecer que a Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença reumatológica de etiologia desconhecida pertencente à família das espondilartrites com fortes características genéticas, logo, os antecedentes familiares são importantes fatores no auxílio ao diagnóstico.
Esta, é uma doença de ritmo inflamatório crónico que afeta maioritariamente o esqueleto axial e mais predominante no sexo masculino, despoletando os sintomas geralmente entre os 20 e os 30 anos de idade.
A sintomatologia no primeiro estadio da doença pode ser variado, sendo mais comum as tendinites aquilianas, as dores na zona lombopélvica (sacroileítes) com e sem irradiação ao glúteo, desconforto nas articulações costoexternais, dor noturna associada à rigidez de movimentos que não melhora em cerca de 30 minutos, só aliviando com exercício física, entre outras.
Em casos mais avançados é possível verificar a incapacidade de expansão do tórax associado a dificuldades respiratórias, alterações estruturais tais como hipercifose dorsal, hiperlordose cervical e retificação lombar são comuns bem como limitação funcional em todos os movimentos da coluna. Os achados radiológicos são importantes no auxilio ao diagnóstico embora só em estados mais avançados da doença. A “coluna de bambu” ou “sacro iliacas fantasma” são achados esclarecedores. De salientar que a anquilose (ossificação dos tecidos conetivos) apenas afeta 20% a 30% dos doentes com EA.
Para obter um diagnóstico correto é necessário associar às queixas, comportamento dos sintomas, avaliação da capacidade funcional e exames imagiológicos as análises clínicas, onde os marcadores reumatológicos HLA-B27, proteína c-reativa e velocidade de sedimentação deverão estar positivos.
Se sente recorrentemente um quadro de sintomas que englobem a inflamação crónica das mesmas zonas articulares, dor que exacerba durante a noite, rigidez matinal e falta de mobilidade que só melhora com exercício físico deve marcar a sua consulta com um Osteopata para que sejam efetuado um diagnóstico diferencial.